quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Ascensão da Rainha

Como comentei no post passado, eu ia mudar de blog (poxa, que novidade, Maria). Os motivos são simples. Primeiramente, o nome Egeirophobia já não combinava tanto comigo. Dormir faz com que eu esqueça as tretas externas (?), mas atualmente ficar acordada tem sido melhor, justamente porque eu tenho um motivo pelo qual enfrentar os problemas, então eu já não tenho mais aquele receio de estar consciente. Depois, eu decidi que era hora de começar a escrever em inglês. Eu sei que posso perder alguns leitores por isso, justamente porque o número de pessoas que falam inglês no Brasil é bem baixo comparado a outros países, mas eu não posso mais fingir que não quero escrever algo que qualquer pessoa, de qualquer país, possa entender (a menos, é claro, que a pessoa não fale inglês). Um outro motivo para a mudança da língua é que meu namorado não entende muito português. Ele quer aprender e inclusive já sabe falar várias frases completas, mas ele ainda está longe de conseguir compreender um texto inteiro. Eu quero que ele consiga entender o que eu escrevo, especialemente quando é sobre ele. Enfim. Lembremos também que tenho muitos colegas estrangeiros, não apenas noruegueses, mas de vários outros países também - apesar de serem apenas colegas e não se importarem tanto comigo a ponto de ler meu blog, ainda há a chance de que algum deles acabe virando um leitor.

Sem mais delongas, espero poder te ver no Reino Escondido, governado pela querida (eu) Cryptoqueen.

sábado, 27 de setembro de 2014

Festa estranha com gente esquisita

Primeiramente, gostaria de dizer que o Egeirophobia não está virando um blog de moda, até mesmo porque eu não tenho muita noção sobre o assunto (oi, meu nome é Maria, eu aprendi a me maquiar ano passado e tenho no máximo 5 pares de sapato). Outro motivo pelo qual o blog não se tornará algo diferente é que esse provavelmente é o último post dele(*). Se você acha que estou sendo hipócrita ao publicar esse tipo de post por causa desse texto aqui, fique a vontade, mas o que tenho a dizer é que você provavelmente não entendeu a crítica. O problema não é a moda em si, mas a superlotação de blogs que falam apenas sobre isso, basicamente a falta de variedade.

Esclarecimentos feitos, vamos ao assunto. Recentemente, me juntei à um grupo chamado Blogueiras S/A, que consiste em blogs alternativos e o foco do grupo é a interação das integrantes através de projetos e postagens coletivas etc. Certamente, alguns dos projetos tem a ver com moda - afinal, "alternativo" não é apenas um gênero musical ou uma forma de pensar, é também um estilo, e na verdade não só um, vários. Isso porque "alternativo" abrange tudo aquilo que não é comum, indo de estilos fofos como lolita até estilos extremos como metal.



Este mês, uma das propostas foi "festa estranha com gente esquisita", em que a ideia é um look que possa ser socialmente aceitável em uma festa, mas ainda assim mostrar o lado alternativo da pessoa que o veste. Como eu não tenho experiência alguma com essa coisa de tirar foto de looks, as fotos ficaram um cocô. :) Mas vale a participação, risos. Eu escolhi o look que usei no natal do ano passado.




Ele não parece tão alternativo assim, porque o alternativo, amigos, vem da alma, do coração. Desculpa esfarrapada mandou um alô, risos. Então, pra mim o truque foi mais a maquiagem (batom escuro e tal) e manter sempre o preto ou tons escuros. Existem muitos estilos alternativos que não usam o preto, mas no meu caso funciona muito bem, já que pelo menos 85% do meu armário é preto.




Outra coisa que eu recomendaria é deixar as tatuagens a mostra, caso você tenha uma e não esteja muito frio. Eu tenho uma no ombro e ela ficou coberta pelo cabelo, infelizmente, mas se fosse durante a festa, como o cabelo se move, as pessoas iam ver. Fiz a tatuagem recentemente, em janeiro de 2014, então na época eu ainda não tinha ela. Quanto aos acessórios, eu sempre uso o meu mjølner (mertelo de Thor), então sempre vai ter algo que me denuncia, por mais comum que minha roupa seja. Talvez usar algum outro pingente mais alternativo assim ajuda? :)

Enfim, é isso. Novamente, as fotos ficaram ruins. Qualquer dia eu aprendo a fazer isso direito. Enquanto isso, que tal dar uma olhada nas outras participantes? :)

Femme Toilet
Mädchen Rosenrot
Eccentric Beauty
Lilith Style and Beauty
Diva Alternativa
Nameless Girl
Cecília Morgana Makeup
Linda e Graciosa
This is My World
My Deadly Beauty
Rockeira e Vaidosa


* Decidi que vou fechar este blog, mas não é o fim da minha vida blogueira. Não vou fazer draminha dizendo que o Egeirophobia foi importante pra mim, porque eu já tô tão acostumada a deixar blogs pra trás que já nem esquento a cabeça. Provavelmente perderei alguns leitores quando migrar para o novo blog, mas sinceramente, eu já nem me importo. Depois eu faço um post bonitinho de despedidas.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

E você?

Sempre que eu entro no consultório da psicóloga, essa é a primeira coisa que ela fala. Acredito que esse seja o meio dela de mostrar que agora o foco sou eu, embora eu muitas vezes não saiba nem por onde começar. Acontece que eu não sou mais aquela Maria que vivia de coração partido e arranhões nos braços. Eu não tenho o que dizer, porque a minha vida não está ruim, ao menos não ao todo. Certo que estaria muito melhor se eu não tivesse voltado para o Brasil - eu terminaria meus estudos lá e ficaria perto do meu namorado -, mas não dá pra dizer que isso está rasgando minha alma por dentro (embora esteja).

Eu não sei o que me faz começar a falar. Geralmente começo contando sobre o meu final de semana, já que minhas sessões são nas segundas-feiras. A parte engraçada é que ela me deixa voar livre pelos assuntos que vierem à minha mente, e muitas vezes acabo não dizendo o que eu tinha ensaiado pra dizer. Só que talvez seja esse exatamente o motivo pelo qual a terapia funciona: eu me liberto de uma forma que eu não posso fazer com qualquer pessoa.

Muitos dizem que psicólogos são inúteis e que conselhos podem ser adquiridos em qualquer lugar, mas eu duvido que alguma dessas pessoas já fez psicoterapia alguma vez na vida. Eu tenho meus padrões de pensamento com os quais não estou feliz, e eu não quero conselhos do que fazer, eu quero que alguém me ajude a ver o outro lado, através de um outro padrão - e é exatamente isso que a minha psicóloga faz comigo. Não sei se é assim com todo mundo, mas as duas psicólogas que eu tive sempre tentaram me fazer entender que, mesmo seguindo a mesma lógica, eu posso chegar a resultados diferentes, o único problema é que eu já tenho meus padrões, já me acostumei a pensar daquele jeito.

Eu sinceramente não sei muito sobre psicologia ou psicólogos em geral, mas uma coisa eu posso afirmar: eles não ficam lá só ouvindo e dando conselhos - eles tentam explicar o que te leva a pensar assim, eles tentam abrir tua mente a novas possibilidades, novos pensamentos. Além disso, eles não tem nenhum vínculo emocional contigo, o que poderia mudar muita coisa se, por acaso, tudo que eles fizessem fosse "dar conselhos".

Uma coisa que eu reparei é que, toda vez que saio do prédio onde ela trabalha, eu me pego sorrindo e querendo sair saltitando por aí. Eu nunca percebi a diferença que essa simples pergunta inicial pode fazer na vida de alguém.

E você?